segunda-feira, 26 de setembro de 2011

a maravilha lilás

Lua negra, amigos exploradores!

Retorno, enfim, com as retumbantes novas que o encontro com Von Nimbus nos colocou no caminho.
Nestes poucos dias, são tantas e tão admiráveis as novidades, que temo não saber contá-las satisfatoriamente em palavras …

Deixei-os em meu último relato com uma quadrinha que não foi composta por mim. Trata-se de uma misteriosa mensagem que recebeu o tataratataratataravô de nosso novo amigo quando aqui chegou. E nós é que estamos vivendo o que ela anuncia.

Quando saímos de casa não imaginávamos a grandeza do que estávamos prestes a viver… Depois de apenas 10 minutos de vôo, tudo ao nosso redor começou a mudar de cor - entramos em uma névoa violeta! Von Nimbus fez sinal para que aterrissássemos e assim pousamos em uma estrutura muito semelhante a um pier terrestre. No fim deste pier só havia névoa, além da maior plantação de Tuliquídeas da nuvem - todas violetas e algumas com interior dourado! "Ontem, iníciou chuva. Esperemos, vai começar já", disse-nos nosso estimado guia.

Então, quando menos esperávamos, uma ondulação do ar iniciou-se além pier. Faixas de luz violeta escuro e violeta claro alternavam-se no céu e faziam o movimento de uma cachoeira. Era como se fosse uma cachoeira de aurora! A primeira reação que eu e Vale tivemos com a queda da luz, foi de nos encolhermos. A sensação era de que iríamos nos molhar inteiros, mas a cachoeira parecia ter inteligência própria e não invadia o espaço onde estávamos. A visão era surpreendente! Luzes dançavam e caíam, dançavam e caíam. Pontos dourados apareciam como estrelas brilhando em seu interior - e também caíam...

E estava eu imaginando para onde toda aquela luz iria quando percebi que soava uma música… O Binofotomultiscópio não conseguiu distinguir a melodia, mas registrou que eram variações de Si em muitas oitavas, como se tocados por muitos instrumentos diferentes. Era uma melodia introspectiva e com um toque de melancolia. Por algum motivo misterioso, imediatamente, passei a refletir sobre toda a experiência adquirida em Clareada. Que efeitos elas terão sobre minhas ações daqui pra frente?

Neste momento, tão placidamente quanto havia começado, a cachoeira de aurora aos poucos foi parando, parando... Com um sinal, Von Nimbus avisou que devíamos voltar às aves. Estávamos os três mudos, incapazes de proferir uma palavra… E assim partimos, até atingirmos o vento nevado do céu a frente. O frio extremo fez com que voltássemos à nossa consciência.

E tão logo o notamos, embarcávamos em nova aventura!

Receio, porém, que, embora não esteja cansado, caia bem tomar um fôlego antes de compartilhar mais uma indescritível experiência…

Brisa breve!

Nenhum comentário:

Postar um comentário