segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Atelier Piratininga

Brisa suave, amigos de exploração!

Encontrei um lugar para colocar nossos objetos e descobertas de nuvem! Eu estava tão aflita que escrevi para Von Nimbus pedindo ajuda. Ele disse, que em sua passagem na terra, ele havia visitado um lugar onde as pessoas eram muito amáveis e que receberia todo o nosso material com muito carinho. Ele indicou-me o Atelier Piratininga, localizado em uma Vila chamada Madalena, em uma parte da terra chamada São Paulo (ainda estou me acostumando com os nomes desse lugar, os Bernaldo são de terras bem distantes!).

Os amigos do Atelier Piratininga foram gentis além da conta com minha agonia. Cheguei lá de balão com um monte de tralha e eles logo me ajudaram a organizar as coisas! E também fizeram um cartaz para divulgar nossas descobertas ao maior número de pessoas possível! Olha só!



E a maior e mais alegre das novidades foi que meu irmão mandou notícias!!! Nico está bem!!! Ele me enviou uma carta toda bagunçada que ainda não consegui decifrar, mas que deixei na última gaveta da mapoteca do Atelier para vocês me ajudarem! Os amigos do Piratininga abriram as portas do Atelier para exploração no sábado, mas eu fiquei tão feliz com a notícia de Nico que saí correndo para avisar meus pais e não pude encontrar meus novos amigos exploradores! Desculpem-me, amigos! É que eu estava mais eufórica que chuva amarela em redemoinho!

Vou seguir aqui, firme como um tronco de Durezza, colocando as pesquisas de Nico até que ele reapareça em presença, atitude e sem chapéu! Combinado?!

Meus amigos do Atelier me ensinaram uma nova expressão para despedida! Ela é...

Até logo!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

a maravilha laranja



Vento nos cabelos, amigos!


Finalmente consegui mexer nesse trambolho que é o chapéu do meu irmão! Para fazer ele funcionar, eu precisava dar um tapinha de leve na aba e dizer uma frase. Descobri isso depois que eu arremessei o troço no chão e soltei umas palavrinhas de fúria. Calhou da aba bater no chão e Raio na testa ser a senha. Preciso ter uma conversa séria com o Nico quando a gente se encontrar...

Retirei algumas informações do trambolho sobre a maravilha laranja. Nico menciona Von Nimbus duas vezes. Eu também vi Von Nimbus no céu, então acho que devemos ter caído muito perto um do outro. Ainda vou decifrar o porque da queda de meu irmão ter sido mais rápida que a de todos nós.

O pôr do sol estava realmente muito laranja naquele momento. Um laranja morninho, como se existisse para ajudar a secar toda a chuva. Enquanto caíamos, os pássaros e as pessoas eram pequenas gotinhas de tinta voando no céu. Clareada cantava uma melodia muito suave em ré maior (registro do trambolho). Eu estava leve, leve, voando como a Tôca. Percebi que todos os clareados estavam com uma expressão serena no rosto, mesmo os que estavam tristes momentos antes da queda. Uma sensação de fim de ciclo cheia de esperança me invadiu por completo. Enquanto caíamos, Clareada nos renovava. O nosso último presente da nuvem foi uma enorme carga de inspiração e força de vontade.

Só de escrever isso já me sinto levinha de novo! Vou amarrar pesinhos nos meus pés para não sair voando da cadeira. "O que clareou não apaga.", outro ditado de Clareada, eu estou começando a gostar muito dessas frases. Encontrei anotado em meu caderno, do lado de uma foto de Nico e Von Nimbus sorridentes. Que saudade...

Estou trabalhando para retirar todos os registros do trambolho. Agora que aprendi a mexer, esse chapéu que me aguarde! Minha mãe disse que ele está apitando e ameaçando explodir por causa da sobrecarga, mas é só uma fumaça preta boba. Preciso encontrar um jeito de mostrar tudo o que está saindo para vocês com urgência. Eu também trouxe tantos objetos e instrumentos de pesquisa do Nico para casa... Vou pensar em algo! Valentina Serpentina, valente no nome e em uma nova missão!

Brisa brevíssima!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O NICO DESAPARECEU!

Tufão gelado, amigos de exploração...

Não sei se vou conseguir escrever direito, a preocupação é enorme, as imagens na minha cabeça não param de girar... O Nico, meu irmãozinho do chapéu engraçado, sumiu. Acho que trouxe um pedaço de Clareada nos meus olhos, eles não param de chover...

Eu lembro de estar com meu irmão sobre a Tôca. A música que os cristais liberavam estava tão, mas tão alta, que eu não conseguia mais entender o que meu irmão falava. Eu não entendia mais nada na verdade, era como se tudo estivesse dissolvendo. Pouco depois, atentei para a superfície da nuvem e percebi que, de fato, os cristais estavam se desfazendo. As pedrinhas transformaram-se em muita água, muita água mesmo, mas muita, mesmo, rios nasciam abaixo de nós. O Nico estava tão feliz...

Pois bem, preciso continuar escrevendo. Além de muita água, os rios traziam os moradores de Clareada. Todos estavam muito felizes, lembro de ter ouvido coisas do tipo "Feliz nem passarinho de pena azul é mais!", esses clareados sabem mesmo achar graça das coisas.

Clareada diminuia de tamanho rapidamente, os relâmpagos de Celina não paravam de relampear, nem a água de aguar. Estávamos ainda sobre a Tôca, quando vimos uma revoada de pássaros iguais a ela e ao Heitor surgirem. Quer dizer, não tão iguais, cada um tinha uma combinação própria de cores e um porte mais rígido ou relaxado. Mas todos eram gigantescos, velozes e ligeiramente luminosos. Eles faziam acrobacias sincronizadas pelo céu, as cores se combinavam de um jeito tão lindo! Estávamos maravilhados com as aves até percebermos que todas elas estavam derrubando seus passageiros próximos aos rios para poderem voar com mais liberdade. Tôca e Heitor não fizeram diferente e quando dei por mim, estava caída no colo de uma senhora sorridente que usava um chapéu cheio de galhos de purim-purim.

O que aconteceu depois disso foi muito rápido. Eu acabei caindo em um rio, como todos os habitantes de Clareada. Mas nenhum de nós sentia medo, pelo contrário, estávamos todos inundados em tranquilidade. Era como se nossos corpos estivessem muito leves, chovendo e misturando-se uns aos outros, formando um único ser vivo e molhado. Ao olhar para baixo eu conseguia ver o mar, olhando para cima, nossa amada nuvem já estava praticamente desaparecida. Encontrei Von Nimbus na queda e nos despedimos com promessas de vento breve. Comecei a me sentir mais pesada e percebi que caía com mais velocidade. Os pássaros iniciaram o resgate e Toquinha me encontrou rapidinho. Mas ainda não encontramos o Nico, só o trambolho do chapéu dele...

Agora eu estou de volta à casa dos meus pais. Estou tentando descobrir como mexer nesse trambolho para mostrar às pessoas o que meu irmão descobriu em Clareada. Por enquanto, só consegui acessar o último registro que ele fez:

"Minha velocidade de queda está aumentando vertiginosamente. Por algum motivo misterioso, minha aceleração é muito maior que a dos outros. Se Tôca Pitoca não me encontrar em poucos segundos, temo que não resistirei ao choque com a água". 

Ai, vou chover de novo...

Clareada tem um ditado popular que diz "Tem raio que me engana. Em vez de água, cai banana." Ou seja, nem sempre as coisas são do jeito que parecem ser. Por mais que o registro do trambolho seja desanimador, algo me diz que meu irmão está bem. Enquanto isso, vou procurar pelos registros da Maravilha Laranja, a última de Clareada. Já venho contar para vocês.

Brisa breve,

Valentina

sábado, 15 de outubro de 2011

a maravilha ciano

 Temporal em curso, exploradores!

Foram longas - e surpreendentes - as horas transcorridas na enxurrada que nos levou para fora do Clarão. Surpreendentes porque não só de água era composto o rio: enormes cristais redondos e de um anil profundo faziam-no brilhar! Tal fato foi de extrema importância, visto que a única forma de acalmar Valentina, que estava aos berros, foi atentá-la para a beleza das pedras. Aos poucos, porém, vimos os cristais diminuírem nas nossas mãos até escorrerem entre nossos dedos… E foi com grande alívio que percebemos que não eram eles que tinham seu tamanho reduzido, mas nós que tínhamos o nosso restabelecido!

Von Nimbus ia à minha frente às gargalhadas, dizendo "Feliz nem passarinho de pena azul é mais!" e outras frases de natureza semelhante. Já Celina e as outras salamandras haviam desaparecido. Concluí que, sabendo do que estava por vir, haviam ficado em uma porção segura do Clarão, afim de lá permanecer para coordenar a produção dos relâmpagos.

Enquanto estávamos entretidos com a beleza do brilho azul, a enxurrada nos conduzia para uma região conhecida da nuvem: a encosta vermelha. Agora a azulada luz produzida pelos cristais fazia com que parecesse violeta e lá soava uma melodia em sol e lá bemol - peculiar combinação!

Eu mal podia conter minhas expectativas sobre o que estaria por vir! Maravilhado, via descendo sobre os cristais anil outros cristais, com nova cor: ciano. Sobrepunham-se aos primeiros, trazendo uma cor tão luminosa quanto o início da noite!

Da roxa névoa vi surgir as imensas asas de Heitor e Tôca, que de lá nos carregaram, temerosos pela instabilidade daquela região. Voamos alto e pudemos perceber que o sublimatório de nossa estimada nuvem está já bastante reduzido. Imaginei ainda que o rio de pedras reluzentes deve se estender por ele todo, pois uma poderosa névoa azul liga os dois extremos de Clareada, como se fosse uma peça encaixada em seus limites! Acredito que essas preciosas corredeiras tenham a função de trazer os habitantes da nuvem ao encontro das últimas maravilhas.

Ainda há pouco comentei com Valentina sobre essa possibilidade, mas ela parece não me escutar… A música que ouvíamos às margens do rio agora está tão alta!… Começo a ter dificuldades para ouvir meus próprios pensamentos! Já não posso prosseguir com este registro...

Ventania breve, amigos!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

a maravilha anil

Dia turvo, amigos!

Após dias caminhando em silêncio por porções de densa e escura nuvem, Celina, nossa salamandra anfitriã, começou hoje a explicar-nos o que há a nossa volta. Como já desconfiávamos ao descrever um caminho impossível de ser memorizado, estamos andando por um extenso labirinto formado pela rede luminosa de miosótis. Estes caminhos levam a imensas salas negras, chamadas Clarões, onde se disparam os relâmpagos.

Celina contou-nos que esta rede acaba de ser largamente ampliada por ocasião da tempestade final de Clareada. Inicialmente, haviam 4 Clarões, que eram usados em participações nas chuvas vizinhas, mas hoje há centenas deles! Isso porque os raios são nutridos pela energia dispensada por coisas que se desfizeram no processo de condensação da nuvem, o que tem acontecido de forma cada vez mais acelerada. As fadas sublimadas coletam essa energia e convertem-na em luz e som. Para evitar que ela se perca antes que possa alimentar um relâmpago, tudo na fábrica de raios deve ser o mais escuro e silencioso possível. Quando o raio finalmente está pronto e é disparado, emana essa energia para outras regiões do céu, onde novas nuvens estão se criando e poderão utilizá-la.

A salamandra levou-nos ao centro do labirinto, onde fica a origem da criação dessa luminosa maravilha! É de uma grande esfera, tecida com as mesmas flores e galhinhos em que pisamos, que partem todos os caminhos para os Clarões. Dentro dela trabalham duas moças idênticas, sentadas uma de costas para a outra em cadeiras invisíveis de alto espaldar. Chamam-se Serena e Sonora e tecem com agulha o labirinto. De quando em quando, chegam os galhinhos à boca e sopram dentro deles a essência do raio que mais tarde irão produzir. Serena insufla-os da calma que deve antecipar seu disparo, enquanto Sonora lhes envia a qualidade do som que devem emitir ao serem disparados. Só então levam-nos às agulhas.

Acabamos de sair de um Clarão onde trabalha Claus, um dos mais antigos relamparinos da nuvem. Quando entramos na sala, conduzidos pela rasteira vegetação, ele estava no centro dela, cuidando de um minúsculo fruto quase negro que pendia da ponta do galho mais fino. Claus explicou-nos que aquele fruto era um raio em estágio avançado. No início, preenchia todo o Clarão, mas, à medida em que a energia era injetada dentro dele, o raio ia diminuindo de tamanho, condensando seu poder. Aquele raio deveria estar pronto em pouco tempo, quando iria retomar suas dimensões originais, transformado em luz e som.

Deixamos o relamparino e nos encaminhamos para outra sala. Aqui não há ninguém, nada se vê, nada se ouve. Mas, ao contrário do medo e desorientação que senti na primeira vez em que nos vimos em completa escuridão, agora sinto-me em paz.

Ora, mas…! É tudo luz agora! Uma maravilhosa luz de centro branco e contorno anil recortou a sala e por todo o perímetro reverbera o acorde poderoso de um lá menor!

E mais isto? Para onde vamos? A nuvem tornou-se água sob nossos pés e começa a nos carregar… Qual será o nosso destino???

terça-feira, 11 de outubro de 2011

as salamandras

Engrandecidos amigos,

Tudo se faz escuro agora. Nossos olhos ainda buscam acostumar-se…

Eis que estávamos na planície, elevados por uma sublime melodia, quando reencontramos nossas amigas aladas. Vinham da encosta de nuvem vermelha a nossa frente, agora em maior número e ainda mais bem dispostas. Voavam em torno de nós, tirando medidas e estendendo fios de eletricidade vermelha na cosedura de trajes especiais, todos bordados com padrões semelhantes aos da canoa que nos levara até ali.

Em seguida, como haviam feito na madrugada, os pequenos seres nos envolveram em seus lenços ocultos e levaram-nos flutuando em direção à encosta. Mas desta vez algo assustador acontecia: à medida em que nos movíamos, íamos diminuindo de tamanho, até ficarmos tão diminutos quanto as fadas que nos conduziam!

Chegamos assim à frente de pequenas portas incrustadas na nuvem vermelha que à distância eram-nos invisíveis. Cada qual tinha uma inscrição diferente, escrita em uma antiga língua do Chão da qual eu pouco me recordava. Ali, o entra e sai de criaturinhas ruivas era constante: saíam por uma porta sempre segurando uma bolha de eletricidade vermelha e voltavam de mãos vazias.

Olhávamos para tudo isso do deque onde havíamos pousado, diante de uma porta dupla com inscrições que eu me esforçava por compreender. Percebi, afinal que diziam algo sobre geradores de energia. Então a porta se abriu. De lá de dentro vimos surgir uma pequena salamandra muito vermelha, acompanhada por outras duas salamandras tão vermelhas quanto a primeira, mas ainda menores. A maior delas nos encarou por alguns instantes, sorriu e nos cumprimentou:

"Bem vindos ao gerador de energia primária de Clareada! É aqui que se produz quase toda a energia necessária para que as plantas, animais e pessoas comecem a viver. Somos responsáveis também por produzir todos os raios e trovões da nossa querida nuvem. Estamos envolvidos em um de nossos maiores projetos agora, a chuva final de Clareada. Venham! Vou lhes mostrar a maravilha que é criar um trovão!"

Deixamos assim nossas aves brincando com as fadas sublimadas e seguimos porta adentro. Tão logo o último de nós pôs o pé no interior do lugar, a porta se fechou atrás de nós, deixando-nos na companhia de nada além de escuridão. A voz de Celina, a salamandra maior, foi o que nos resgatou do desespero ao dizer "Não tenham medo, sigam os miosótis", fazendo-nos assim ver que uma trilha de pequenas flores luminescentes mostrava um caminho a seguir.

Já não sei quando retorno com novo relato… É preciso desvendar este negro espaço onde há dias caminhamos…

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

a maravilha vermelha


Ensopados amigos!

Nesta madrugada a nuvem buscou-nos para nos colocar a caminho de mais uma maravilha - e nos mostrou sua doçura e sua violência.

Dormia eu um sono muitíssimo tranqüilo em que soava uma doce melodia em dó maior, quando minhas orelhas detectaram a presença de um incômodo tátil. Abri os olhos, ainda embriagados de sono, e mal pude acreditar que já não sonhava: uma minúscula - quase microscópica - menina ruiva, suspensa por pequenas asinhas cintilantes e translúcidas estendia seus braços para mim como se me envolvesse em torno de um lenço invisível. Quis avisar aos outros quando ela conduziu-me por um caminho entre as árvores, mas não pude, tamanho era meu espanto! Felizmente, soube em seguida que o mesmo se passava com todos.

Chegamos assim às margens de um vasto rio de águas claras, onde nos esperava uma exuberante canoa, entalhada com figuras de salamandras e espirais e de cuja proa saltava um grande peixe de boca aberta. As pequenas aladas, seguidas por todos nós, saltaram para dentro dela e seus remos começaram a mover-se sozinhos, conduzindo-nos rio abaixo. O som de suas calmas águas correndo era muito semelhante à melodia com que eu havia sonhado, apenas mais alto e claro.

Tivemos uma maravilhosa jornada, nos deliciando com a vista das flores e frutos luminosos de árvores debruçadas sobre as margens e com a própria água do rio, que tinha sabor de morango silvestre maduro. Não resistimos a experimentá-la e o resultado causou grande surpresa: também nós passamos a brilhar na escuridão!

Mas toda esta doçura estava por acabar… O ribeirão corria cada vez mais depressa, bem como a melodia que nos acompanhava e, quando esta alternou-se para o tom menor, aventurávamo-nos em acidentadas corredeiras! Apesar do receio, sentíamo-nos vivos e eufóricos!

A próxima evolução deste ato, no entanto, não foi em nada condescendente: em um instante nos vimos aos pés de uma gigantesca onda carmim, que nos tomou em sua espiral iluminada pela espuma rendada de suas bordas. Nela giramos incessantemente, engolindo sua ácida e salgada água até perdermos os sentidos…

É de manhã e acabamos de despertar em uma planície de fina nuvem rosada. O rio desapareceu por completo e a única prova que tenho da veracidade de todas estas palavras aqui anotadas é que vejo a canoa tombada ao pé de mim e os registros do binofotomultiscópio, que felizmente resistiu às intempéries. Meus companheiros começam a levantar-se… E veja, as aves aprumam-se em uma posição extremamente elegante, com os olhos fechados e… Será possível? Sorriem?! E que som é este?

Até o próximo compasso, amigos… Devo me fazer presente por inteiro nisto que se passa agora…